A Falta…

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São tantos momentos de dificuldade na vida. Mas também, passamos por momentos maravilhosos, ímpares.

Mas, por vezes não conseguimos distingui-los. Se parássemos para entender o quanto a vida é frágil, tudo seria diferente.

Um dia desses, me inspirei no texto de uma amiga para estar aqui escrevendo. Ela, que perdeu seu pai recentemente, traz de uma maneira sucinta e singular a dor da perda. Mas percebe a realidade. Ela aproveitou os momentos que tinha que aproveitar e por isso seu coração se conforta.

Ai de mim se soubesse perceber as coisas da vida de maneira facilmente. Não sei exatamente explicar os sentimentos. Talvez seja por esse mesmo motivo que não consigo distinguir tais momentos. No agora, só me resta escrever.

Quando vamos parar pra perceber que aquela chamada de atenção dos nossos pais fará falta, o telefone tocando na “balada” pela preocupação deles não tocará mais, o afago das mãos quentes e o abraço inigualável de pai e mãe. Eles são somente um. Quando nos faltarem, quem poderá fazer isso? Pois é, se você está procurando a resposta e até agora não a encontrou, não se preocupe. Esta resposta não existe. Pais são seres únicos, insubstituíveis. Pode ser que não seja pai e mãe de sangue. Mas aquela pessoa que te criou, viu você dar seus primeiros passos, o pronunciamento de suas primeiras palavras, o primeiro dia de aula, o primeiro namorado (a), … Seu melhor amigo. Não há preço que pague e nem pessoa que substitua o amor de pai e mãe.

Lívia Bonfim

Crescer com a Vida

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Crescer...

São muitas as razões para se tentar descobrir quais os planos que a vida prepara para cada um de nós. Mas as surpresas, por mais que sejam vistas como adversas, nos faz crescer. Crescer… Esta é a palavra chave destas inscrições. O medo do novo, o medo do que há de vir, o medo de deixar todas as coisas que conquistamos até então… Tudo isso faz parte de um aprendizado da vida. E como explicar a outrem, que aquilo que ainda acreditam que você era, mas não é mais?! E isso por quê? Porque eu cresci, porque eu amadureci, porque minha vida não parou, eu vivi!!! Agora as coisas são outras, os amigos são outros, a realidade é outra, eu sou outra!

Medo do que há de vir, isso é fato consumado. Mas na certeza de que continuarei crescendo e quando chegar na estatura correta da vida, só serei capaz de olhar para as coisas que passaram e agradecer a oportunidade de viver, crescer, sorrir e amar!

É um misto muito grande de sensações, de pensamentos e outros sentimentos que por vezes incomodam o ser humano. Mas só mais uma coisa a dizer… Estou crescendo! Obrigada VIDA, obrigada DEUS, obrigada AMIGOS, obrigada FAMÍLIA… OBRIGADA pela oportunidade de viver e viver na companhia de vocês!!!

Três, dois, um…

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Aquela casa no campo… Ouço os pássaros revoarem entre as folhas das inúmeras árvores que compõe o jardim. E ainda, escuto o rio que passa ali perto.

Uma calmaria sem fim.

Feche os olhos. Sinta essa brisa comigo. Se você se esforçar um pouco mais conseguirá ouvir os pássaros também. Nossa, que brisa… Que calmaria.

A porta da casa está entreaberta… E agora, consigo ouvir trovoadas. Acho que o tempo está fechando. São trovões ao longe, mas ainda assim, com toda a sensibilidade natural que me advém, já posso sentir o cheiro de terra molhada ao longe. E basta alguns minutos…

Três, dois, um… Escuto as primeiras gotas caírem. Uma chuva fina cai sobre meu telhado e a brisa continua a entrar. Pego minha coberta e fecho os olhos… O cheiro de terra molhada, a leve brisa e o barulho da chuva me remetem a lembranças e desejos. São tempos que não voltam, mas a memória nos ajuda a reviver. E esta monotonia de pensamentos me leva a adormecer…

Três, dois, um… A minha casa no campo!

Lívia Catanho

Há momentos

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“Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre”.

Clarice Lispector

10 Coisas que eu Odeio em Você, MUNDO CRUEL

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1° Adolescentes sem Educação. Principalmente aquele que fica escutando música alta no ônibus, achando que todo mundo tem o mesmo gosto musical deles.

2° Ficar longe das pessoas que mais amo nessa vida, seja família, amigos, namorado e outros.

3° Ler um livro ou ver um filme para fazer alguma prova. Pode ser o melhor filme e/ou livro do mundo, mas quero o fazer por prazer e não por obrigação

4° Falar ao telefone, principalmente quando não conheço a outra pessoa que está falando comigo.

5° Falsidade. (e ponto final mesmo, não interessa o tipo).

6° Ver as pessoas sofrendo por amor, visto que o mundo está carente de amor em todos os sentidos… Não somente o amor de homem e mulher, mas do amor ao próximo. Carência é a doença do século.

7° Traição, pois ela geralmente vêm de pessoas que estimamos de alguma maneira. Traição é golpe baixo.

8° Pessoas que querem, a qualquer custo, fazer valer o seu pensamento, sem escutar o que os outros tem a dizer.

9° Preconceito de todos os tipos, seja por racismo, opção sexual ou qualquer outro. Afinal de contas, Deus deu um umbigo pra cada pessoa cuidar do seu.

10° Corrupção e todos os envolvidos e que ainda aparecem nas grandes mídias com cara de coitado do tipo, “Eu não fiz nada ‘pobraiada’, estão me acusando, mas sou inocente”.



Um Golpe da Vida

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Eis um relato baseado em fatos reais.

Vi o desespero em seus olhos. Enquanto me falava, as lágrimas escorriam e a dor que sentia em seu coração transparecia em seu olhar. A tristeza e a melancolia foram tomando conta do lugar. Os espaços dedicados ao silêncio em nossa conversa eram constantes. “Como pode uma coisa dessas? Há pessoas que não querem, não desejam estar nessa situação e forçam para que ela chegue ao fim. Mas eu queria, queria muito”.

Mesmo sabendo das consequências e da reviravolta que seria em sua vida, ela desejava ter aquilo com toda a força que seu coração lhe permitia. Eis então que ela inicia, de fato, seu relato.

Dentro de seu ventre carregava aquilo que representava um amor impossível de ser vivido. Mas, por uma ironia do destino, em uma bela noite de inverno, de repente sentiu algo escorrer por suas pernas e sua calça já aparentava o sangramento. O constrangimento existia, sim, justamente por estar em um ambiente público, mais especificamente no ônibus, voltando para casa depois de um dia exaustivo. Mas o que mais lhe doía era que ela não entendia o que estava lhe acontecendo, até então. Tudo poderia ter acontecido diferente.

Ainda dentro da lotação naquela noite, sentiu a vergonha por alguns adolescentes a zombarem. Mas ainda há pessoas de bom coração presentes no mundo e que ao ver como ela estava, vieram e lhe perguntaram se estava tudo bem e se precisava de ajuda. Uma senhora deu o lugar para ela se sentar. Conforme escutava seu relato, tentava deslumbrar meu olhar onisciente da situação.

Após descer do transporte público, foi caminhando até a sua casa, com fraqueza nas pernas e sua visão escurecia pouco a pouco. Ali estava perto de iniciar sua grande angústia. “Assim que cheguei em casa fui até o banheiro e procurar entender o que me ocorria. Não pensei em nada no momento, somente no meu filho! Eu estava sozinha, não tinha a quem recorrer. Cada pontada de dor que sentia era como se meu filho tivesse me falando, me salva mamãe. Mas em prantos contidos não conseguia nem me levantar do chão do banheiro”.

Quis parar a nossa conversa por aqui, mas ela não quis. Ela desejava terminar a conversa para ver se assim se sentia mais aliviada. “Eu senti muita raiva de mim. Ali, no chão, sem forças para me levantar e fazer algo pela minha felicidade e a do meu filho (que Deus o tenha em seus braços, meu eterno anjinho). Não estava com raiva da morte, mas estava com raiva de tudo aquilo que projetei naquela gestação e que fora interrompida sem nenhuma explicação”.

O luto existia em seus olhos, em seus gestos e em toda aquela situação que nos envolvia. “Eu não sei dizer se estou de luto. Mas preciso desse luto, preciso desse momento meu e do meu filho. É bom poder partilhar com você toda esta situação, independente de julgamentos ou qualquer coisa parecida. Mas é que minha dor transformada em luto é algo que é só meu, que só eu entendo e que preciso sentir”.

Segundo o relato, a jovem foi procurar ajuda médica no dia posterior. Ao constatar que estava grávida mesmo e que havia sofrido um aborto espontâneo, de repente sentiu uma dor, um vazio dentro de seu peito e que nem soube colocar em palavras. “A grande decepção da minha vida chegou, um peso, a tristeza, o medo de culpa tomou conta de mim naquele exato momento em que a médica soltou as palavras ‘Você sofreu um aborto espontâneo, minha querida’. Eu não sabia se eu chorava, se eu gritava ou se eu simplesmente me calava e engolia toda aquela angústia. E foi por ali mesmo que procurei todas os meios que deveria seguir para que esse processo doloroso, principalmente agora no meu psicológico, chegasse ao fim”.

Depois de todos os procedimentos feitos, a jovem relata que voltou para casa. Ali, em cada canto, agora com a luz do dia, enxergava a dor que passara sozinha naquela noite fria de inverno. Tudo lhe trazia à tona seus momentos dolorosos e de grande desespero. “Não acredito que eu vá esquecer o que me aconteceu, mas pretendo e com a graça de Deus, vou superar isso tudo. A dor é grande, mas minha fé em Deus é maior! Se esta foi a vontade d’Ele para a minha vida neste momento…”. E mais uma lágrima de vida escorreu por seu rosto, caindo bem na altura de seu coração. Com o término de nossa conversa, senti que seu semblante fora que nem aquela lágrima, um ato simbólico da vida implorando por mais uma chance.

 

Relatado por Lívia Catanho

Ventos de Outono

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Os ventos de Outono me trazem boas lembranças. Não há como descrevâ-las, pois já sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Mas ao mesmo tempo que trazem boas lembranças, neste outono tomo o cuidado de construir histórias para estas também se tornarem boas lembranças no futuro…

As lembranças que me veem não são somente de outonos passados, mas a sensação que a brisa do outono me provoca, me faz lembrar de coisas boas que vivi, com pessoas muito especiais e que aconteceram em outras estações. Não sei explicar qual a magia existente numa simples brisa, mas sabe aquela sensação de liberdade, de histeria do ser com a alegria que não me cabe…

Belas manhãs aquelas vividas… Boas tardes aquelas jamais esquecidas… Inspirantes noites aquelas eternizadas…

Obrigada, Deus, por mais uma estação! Obrigada por mais um OUTONO!

Lívia Catanho

“Nunca, antes, na história deste país…”

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Filhos espancando e matando seus pais, pais abandonando seus filhos recém-nascidos dentro de sacolas ou em meio ao lixo, dezenas de mulheres bonitas e inocentes, sendo assassinadas por seus companheiros, tragédias em família traduzidas  por mortes passionais, a fome e a miséria em grande escala, desastres ambientais, como deslizamentos de terra, alagamentos, vulcões em ação, tempestades de neve, entre outras. Este é o mundo ‘anormal’ em que estamos vivendo.

No entanto, o que podemos julgar como anormal? Diante de todas as catástrofes que acompanhamos diariamente nos noticiários do mundo todo, não sabemos mais nem o que julgar o que é anormal ou o que é normal. Para os mais crentes, julgariam como o advento do Juízo Final e para os mais críticos, tudo o que vem ocorrendo, são consequências daquilo que o homem cultivou com suas ações de destruição durante anos, seja por sua ganância ou por sua ignorância.

O que podemos julgar como normal é viver sobre suas próprias perspectivas futuras sem se importar com o que mundo descreve em sua esfera de (a)normalidades. Nossas ações não podem ser deixadas para serem realizadas de acordo com aquilo que autoridades julgam ser certo ou errado. As leis estão aí para serem cumpridas sim, mas porque isso só tem valor sobre uma parcela da população?

Pois vejamos. Cerca de uma semana atrás, tivemos a aprovação no Congresso Nacional do aumento do salário mínimo para o exorbitante valor de R$545,00 (sinta a ironia) . Esse foi o primeiro desafio da presidente Dilma Roussef em seu governo. O próximo, provavelmente será a volta ou não da CPMF. Em entrevista à Ana Maria Braga em seu programa na Rede Globo de Televisão hoje pela manhã, a presidente afirmou, com suas ‘belas palavras sábias’. “Olha Ana Maria, eu acho (como sempre, desde sua campanha presidencial, ela sempre acha; uma presidenta não pode ficar no ‘achismo’) que esta conversa está feita da forma errada. Pra gente saber se precisa ou não precisa de CPMF, ou se precisa ou não precisa de qualquer outra coisa, a gente precisa saber pra quê…”. Ah, desculpe interrompê-la aqui, cara presidente, mas a senhora acha que a carência a qual encontra-se grande parte dos brasileiros neste momento, quer saber de suas teorias? Ainda mais com o absurdo dos reajustes salariais se compararmos o dos políticos com o SM? E a senhora sabe ‘pra quê’ a população precisa de um salário digno? A senhora sabe ‘pra quê’ a população luta por justiça?

Sinceramente, esperava mais de Dilma Roussef, assim como retratei aqui antes das eleições, por apostar em um governo bom, caso fosse eleita uma mulher. Mas ela e sua ‘corja’, continuará no poder por mais 4 anos, quiçá até 8 anos, se partirmos da possibilidade de uma parcela da poupulação reelegê-la, os quais se contentam com as bolsas-auxílios que compram seus votos. De nada adiantam as medidas paliativas, se o Governo Federal não tomar vergonha na cara e partir para medidas dráticas de cortes, por exemplo, na folha de pagamento do governo, ao invés de trazer mais impostos para a população.

Mas, se no fim disso tudo constatar que estamos em um mundo normal, resultado de anos de ações mal pensadas, prefiro julgar-me anormal e viver sobre a minha esfera de anormalidades.

Lívia Catanho

Tic Tac… TAC TIC?! A bomba-relógio intitulada tempo!

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Olho para o meu relógio e os ponteiros não param. Por mais que a pilha se enfraqueça, ele não para. Sei que um dia vai parar, mas enquanto isso não acontece vejo a vida passar.

É tão sutil a nossa existência neste mundo. Há pouco, éramos crianças, brincávamos de boneca, íamos no parque com nossos amigos e pais, não tínhamos vergonha dos mesmos quando faziam um gesto de carinho em público, nos divertíamos de acordo com aquilo que a nossa imaginação inventava para novas bricadeiras.

Brincar na rua… Ai, ai… Isso era sinônimo de diversão certa. Subir em árvores, pular corda ou amarelinha, rodar pião, jogar bola queimada ou então batata quente, passar anel, telefone sem fio, elefantinho colorido, colecionar e brincar com bolinhas de gude, construir e soltar a própria pipa, estas eram as brincadeiras que estavam mais constantes em nosso dia a dia. O diálogo era composto de duas pessoas, sem aparelhos eletrônicos para intermediar. Não que a tecnologia não auxilie na comunicação interpessoal e na aproximação de pessoas. Mas vamos convir, que muitas vezes as ferramentas da comunicação afastam o convívio das pessoas, afastando-as, assim, de alguma forma.

Nos estudos, fazíamos exaustivas, mas sábias buscas nas grandes enciclopédias, entre elas, a mais conhecida foi a Barsa. Alguns de nossos pais faziam até um sacrifício financeiro para tê-las em casa com o intuito de auxiliar seus filhos nos estudos. Já que estamos no ramo da educação, vamos relembrar também do papel almaço. Ah, nosso querido papel almaço, companheiro de todos os trabalhos e calos gerados por páginas e mais páginas escritas a punho e que nos faziam aprender o verdadeiro significado do aprendizado. Mas quando o trabalho era um pouco mais elaborado e exigia um pouco mais de dedicação, tínhamos os cartazes para fazer. Quantas tardes, nos reuníamos em casas dos amigos para desenhar cartazes impecáveis para uma apresentação mais impecável ainda para a querida professora… E no meio disso tudo? Ah, sempre tinha a mamãe da amiguinha que fazia um delicioso e suculento café da tarde com todas as guloseimas que tu pode imaginar.

Naquele tempo, sei que isso é coisa de velho, mas digo e repito… ‘Naquele tempo’, os ponteiros também não paravam até que a pilha se esgotasse, mas parece que ele passava mais devagar. Será que os minutos se estreitaram? Ou será que o ser humano está desaprendendo a viver com o advento da tecnologia?

As variadas brincadeiras foram substituídas pelo computador com o surgimento, principalmente das redes sociais, prendendo a atenção de crianças e adolescentes a máquinas. As pesquisas baseiam-se no ‘ctrl+c’ e ‘ctrl+v’. Mas e o aprendizado e a educação, onde ficam? Certa resposta! Em segundo plano. As reuniõezinhas em casa para fazer os trabalhos, não acontecem com tanta frequência, primeiro porque temos os bate-papos via internet para resolvermos pequenos entraves e segundo porque já não há mais tantas mamães com tempo livre para supervisionar as crianças em casa e fazer aquele saboroso lanchinho da tarde.

Maquiagem, salto alto, roupas um tanto quanto vulgares e conversas sobre sexo… Tudo isso era coisa de adulto. Bons tempos aqueles em que a única preocupação de ser criança era apenas em ser criança.

Lívia Catanho

Mais que Palavras… SONS & PENSAMENTOS

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O maior clichê de alguém que tem um blog é iniciar um texto assim…

Depois de algum tempo sem postar, resolvi voltar a escrever… Mas não é simples assim, “Resolvi voltar a escrever”.

Escrever é bem mais do que você tirar um tempo de seu precioso dia, sentar-se e tentar achar alguma inspiração para colocar as palavras em ordem e definitivamente escrever um texto.

As palavras não dizem por si só. Elas precisam da existência de uma alma e de mãos habilidosas para serem postas à mesa, ou melhor, no papel.

O maior desafio de um escritor é ver-se diante de uma página em branco. De onde fluem as ideias, de onde surgem as várias linhas escritas? Eu lhes digo uma coisa, elas surgem das entrelinhas do pensamento. Uma alma quando está inquieta, ela se sente prazerosa em escrever. Não há como compartilhar a dor de um coração com alguém, a angústia de uma existência mais do que você e o papel.

A interação alma versus folha em branco é tão grande quanto a existência do ar para um ser vivo continuar com vida. O desafio da folha em branco torna-se um ritual religioso, onde a alma esvai-se do corpo e vai para um lugar longínquo sem saber onde vai parar e sem vontade de voltar.

Logo, não me senti simplesmente na obrigação de voltar a alimentar “um blog”. Mas senti a necessidade de voltar a ter uma experiência em que a sensação da escrita proporciona aos amantes desta prática e que realmente entendem o verdadeiro sentido da arte dos pensamentos e dos sons.

Seja Bem Vindo novamente!

Lívia Catanho

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